sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Imagens de guerra.


A melhor forma de se legitimar uma vitória é através da história, nos dias de hoje, entrar para a história está profundamente relacionado com a quantidade de exposição midiática que se terá. Me lembro de uma cena de um seriado - ROMA - onde César para legitimar seu poder recém adquirido - manda buscar um rei bárbaro e o executa em frente aos cidadãos, evidenciando o tanto o seu poder de monopólio sobre a violência, quanto mostrando a todos como ele ou seja o Estado lida com seus inimigos, uma mensagem clara acerca da hegemonia do Estado perante seus cidadãos. Não sei dizer, pelo menos nunca li nada referente a isto no curso de história, sobre a veracidade do fato representado pelo seriado, o importante é que a lógica da cena é bem simbólica e real. Dias atrás lendo um blog sobre quadrinhos, topei com uma notícia sobre a adaptação dos últimos minutos de vida de Osama Bin Laden para os quadrinhos, interessado decidi ler a reportagem e o quadrinho.
1 - Sobre o contexto de criação do quadrinho, bem podemos perceber claramente o ambiente altamente positivo conquistado pela a administração de Obama, além de matar o principal"inimigo dos EUA" - evento marcado por eventos estranhos, inclusive a ocultação de imagens do corpo de Osama. Agora de uma forma engenhosa, é nos divulgado os últimos momentos de Bin Laden de forma altamente enviesada. Logicamente não considero Osama Bin Laden um homem bom, longe disso, mas também não acredito nem um pouco na justiça by EUA.
O meio onde os quadrinhos são produzidos, não difere muito de um ambiente fabril, onde um grande número de artistas são pagos para reproduzirem um produto de propriedade de um grupo de investidores, cujas posses tocam diversos ramos da economia, setores petrolíferos, bélicos, midiáticos, todos fazendo ou recebendo "lobby" de políticos influentes no Estado, infelizmente, grande parte de nossa representação politica está contaminada pela corrupção. Mas voltando ao quadrinho, recentemente na FIQ, conversando com um desenhista que já trabalhou para a Marvel Comics, o mesmo afirmou para mim que a autonomia para desenhar o que desejar é somente para os artistas conceituados, os demais, devem apenas desenhar o que lhe mandam.
2 - Sobre o quadrinnho, a análise do mesmo possibilita percebemos uma certa manipulação do discurso visando fazer com os valores morais e éticos dos soldados sobressaiam tanto que somos convencidos que aquela forma de se fazer justiça é realmente legitimável ao se tratar de terroristas internacionais, Dados recentes mostram que o público leitor de quadrinho tem cerca de 16 a 35 anos, são jovens que através de uma meio de comunicação são "aculturados".
Enfim, mais uma vez o EUA demonstra suas formas institucionais de exercer influência na realidade.

http://www.actionsecomics.net/2011/12/for-god-and-country-matt-fraction.html - link da notícia.

Um comentário:

  1. Massa Rudolph!
    Os meios midiáticos talvez só perde pela rapidez com que as pessoas se indignam...

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